Hoje o colunista do MT Econômico do setor automotivo Ricardo Laub traz as quatro chaves da loja de seminovos e usados do século XXI. Um importante aprendizado para entender melhor este mercado.
1. UMA NOVA LOJA DE AUTOMÓVEIS – RELACIONAMENTO E FIDELIZAÇÃO
Uma importante questão muito discutida é o entendimento de como se relacionar com pessoas que estão envolvidas, direta ou indiretamente, no trabalho diário desenvolvido pela loja de venda de automóveis. Na atuação como organização, onde há a obrigatória e natural participação de todos estes agentes intervenientes, seja na função de empreendedor responsável, investidor, consumidor, parceiro, colaborador e ou outros quaisquer indivíduos ligados ao empreendimento.
Segundo Chiavenato, toda a estratégia planejada pela organização para a ação, anda bem, quando efetivada por meio de perspectivas sempre voltadas e montadas para a prática de equipes inteligentes.
A ideia hoje é solidariedade, uma visão com características da perspectiva sustentável. Uma forma diferencial de entender a sociedade e a economia, o ambiente e a política segundo o autor: “A responsabilidade individual e solitária se transforma em responsabilidade social e solidária. Afinal, “a união faz a força”. E é essa força que proporciona à equipe um resultado muitíssimo maior do que a soma dos esforços individuais e isolados”. A palavra de ordem está situada na ideia de quebra dos paradigmas ou mesmo de “renovação empresarial”, condição “sinequa non” para o sucesso e enfrentar esse novo tipo de competitividade criada pela conexão em rede que a Internet trouxe.
2.A ORGANIZAÇÃO DO SÉCULO XXI
Está envolta a circunstâncias que lhe impõe um respeito às situações que já são realidade diante da globalização e dinamicidade de um tipo de mercado sem limites criativos que fazem o cotidiano um campo de renovação e transformação. É preciso ter coragem, não só de se flutuar, marcar a distância, e tentar sobreviver em meio a tantas possibilidades tão distintas daquelas que vivíamos a poucos anos, desta feita é dever criar um “novo desenho organizacional”, que destrua a estabilidade e a forma estática, aquela que era definitiva, linear ou permanentes que as organizações mantêm e acreditam estar mudando, mas não realmente enfrentando.
Essa metodologia da tradição, clássica está totalmente vencida pela atualidade. A métrica das organizações é outra, a medida perdeu consistência e tamanho exato e ganha agilidade e praticidade, velocidade, flexibilidade e simplicidade, isso porque, é o desejo e a contribuição inconsciente do consumidor por um mundo novo. Todas tradições teóricas estão com seus dias contados, serão história em poucos anos. Nasce uma perspectiva chamada “disruptiva, que não nos do corrimão para segurar, só um caminho a seguir, o desejo do consumidor, agora uma internauta.
As distâncias já foram superadas, agora é a cultura organizacional que precisa quebrar padrões. Segundo Chiavenato: “Nos tempos atuais, de acelerada mudança e instabilidade, o desenho organizacional está abandonando gradativamente a velha configuração de órgãos tradicionais e migrando rapidamente para a formação e desenvolvimento de equipes multifuncionais. O velho modelo burocrático e mecanístico está sendo trocado por um novo modelo adhocrático e orgânico, eminentemente flexível, maleável e adaptável, no qual prevalece a inovação e a criatividade ao invés da rotina e do conservadorismo”[1]. E como sabemos quando se trata de novo, e de desenho estratégico, as pessoas estão no centro direcional, ou seja, […] o novo desenho se assenta em equipes e não em órgãos, exatamente pela necessidade de simplicidade e de descomplicação no sentido de proporcionar rápidas mudanças de configuração e de objetivos, sem prejudicar o desempenho e o alcance de resultados”.
A equipe tratada de forma a se entender com um grupo de pessoas ligadas pelo mesmo objetivo se torna um requisito essencial para o alcance das mudanças necessárias ao sucesso da organização. Esta estratégia é uma condição e não uma escolha, não se discute que esse processo de união para o bem do sucesso organizacional. Pode-se dizer que o “rendimento do trabalho em equipe” é o caminho comprovado e superior nos resultados na organização do presente e do futuro. As empresas com características clássicas e rígidas, lineares que realizam trabalhos “convencionais”, tem se mostrado ineficientes, por terem estas estruturas formalizadas e muito “chatas”, sob um controle excessivo, que rouba a criatividade da empresa e suprime o talento das pessoas. Como diz o Chiavenato: “Trabalhar com equipes é, hoje, uma questão de grande interesse das organizações. Mais do que isso: é uma questão de inteligência”.
3.A OPORTUNIDADE CONTRA O PRECONCEITO
Vender carros não é diferente, porém sabemos, durante um passado não muito distante, o vendedor de carros era tido, ou ainda podemos dizer, infelizmente passa por um processo de preconceito instituído. Este demando é sem dúvida, muito nocivo em todas suas consequências, sejam elas, quando direcionadas aos consumidores criando uma esfera de defesa por parte deles, às vezes muito prejudicial a negociação e ou aos vendedores, causando-lhe um sentimento de insegurança e inferioridade.
Sabemos que em todos os setores existem os péssimos profissionais, aqueles que se utilizam de recursos antiéticos e até criminosos, porém esta descriminação que se inflige aos negociadores de carros, não deve ser genérica. Impor a esse grupo de pessoas a “pecha” de “picaretas”, termo extremamente ofensivo, não é correto.Ao mesmo tempo, se observado, ‘por outro ângulo, pode se tornar uma oportunidade diferencial, quando se trata de surpreender todos aqueles que estão de alguma forma se relacionando com o vendedor de carros. Porque o consumidor, ou quem quer que seja envolvido com o comércio de automóveis, ao observar o atendimento e se surpreender com a realidade em razão do excelente acolhimento e resolução das demandas requeridas, faz do preconceito, até então existente, mudar de versão e se restabelecer, agora, muito mais positivo.
Toda barreira é uma oportunidade para se aproveitar como saída de sucesso. O Profissional pode usar os problemas como desafios a serem vencidos.
4. A CULTURA DE EQUIPE – NOVA ERA
Neste momento o grupo toma importância significativa, em relação ao indivíduo. Entendemos que o comportamento de grupo pode ser transformado dentro da ação conjunta, e ser levado a um procedimento e desempenho, sob uma moral que permeia os valores de equipe, aquela subjetivação onde todos se sintam responsáveis um pelo outro, ao se conjugar princípios e práticas, dando acontecer, até mesmo, quando estão de alguma forma consolidados valores negativos a mudança a ponto de serem totalmente suprimidos, solidificando uma nova perspectiva que traz um ambiente de sucesso para todos, e por fim alcançando, na maioria da vezes, um compromisso e fidelidade muito mais firme.
Esta construção de consciência coletiva e de equipe, podemos dizer, é a construção cultural ideal da organização de que conquistar vitórias contínuas. É sob este estrito acordo base, tipo de contrato de conduta sócio-organizacional, plano entre os indivíduos da organização que vai se construir confiança entre todos e entre todos outros atores envolvidos, sejam eles externos ou internos.
Esta forma de agir conjuntamente faz se desenvolver o relacionado positivo, assertivo, ético e construtivo.Segundo Chiavenato: “A equipe tem o condão de integrar esforços individuais e que se traduzem por integração, coesão, colaboração, cooperação e espírito de solidariedade.
A responsabilidade individual e solitária se transforma em responsabilidade social e solidária. Afinal, “a união faz a força”. E é essa força que proporciona à equipe um resultado muitíssimo maior do que a soma dos esforços individuais e isolados”.[2]Pensar a estratégia sob este modelo de coordenação de grupo de pessoas interligadas por desejos comuns de sucesso, se realmente observada a proposta, resultam consequências próximas das ideais a que todos desejam. Gerenciar pessoas como se estas fossem apenas recursos sob a administração de outras, para atendimento de metas exclusivas ao propósito fim de uma estrutura organizacional, é incorrer em um erro e ao mesmo tempo em risco, a ideia de se fazer do colaborador um parceiro da organização, observado o atual contexto mundial, é urgente. Segundo o autor: “[…] a questão básica é a escolha entre tratar as pessoas como recursos ou como parceiros da organização.
Os colaboradores podem ser tratados como recursos produtivos das organizações: os chamados recursos humanos. Como recursos, eles são padronizados, uniformes, inertes e precisam ser administrados, o que envolve planejamento, organização, direção e controle das atividades, já que são considerados sujeitos passivos da ação organizacional. Daí, a necessidade do ARH”.[3]
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações (p. 2). Edição do Kindle.
CHIAVENATO, Idalberto. Visão e Ação Estratégica: os Caminhos da Competitividade (p. 145). Edição do Kindle.
ROSS, Aaron. Receita Previsível . Autêntica Business. Edição do Kindle.
[1] Chiavenato, Idalberto. Visão e Ação Estratégica: os Caminhos da Competitividade (p. 146). Edição do Kindle.
[2] CHIAVENATO, Idalberto. Visão e Ação Estratégica: os Caminhos da Competitividade (p. 145). Edição do Kindle.
[3] CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o Novo Papel dos Recursos Humanos nas Organizações (p. 2). Edição do Kindle.
Coluna Especial MT Econômico – Setor Automotivo
Colunista MT Econômico: Ricardo Laub Jr.
Historiador e Empreendedor graduado no Curso de Licenciatura Plena em História na UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso e em EMPREENDEDORISMO (2005) pelas Faculdades ICE. Com Mestrado em História Contemporânea pela UFMT/PPGHIS. MBA – Master in Business Administration em Gestão de Pessoas, MBA – Master in Business Administration em Gestão Empresarial e MBA – Master in Business Administration em Gestão de Marketing e Negócios. Professor na faculdade, Estácio de Sá – MT, Invest – Instituto de educação superior. Presidente da AGENCIAUTO/MT- Associação do Revendedores de Veículos do Estado de Mato Grosso, com larga experiência profissional na elaboração de planos de negócio voltados para o ramo automobilístico, gerenciamento comercial, administrativo, controle de estoque, avaliação de veículos, processos operacionais e estratégicos para empresas do setor automotivo e gestão de pessoas no âmbito organizacional.